Quando o lampejo intenso de um sopro genial acomete-nos a alma, eis que devemos
refletir (sobre) o brilho de nossa criação: nós, seres tecidos de nós, divinos humanos
— asas do nada; raízes do todo."Espírito na Carne", primeiro livro solo do poeta
brasileiro Gûlval Auridan Júnior, revela-nos sonhos e lágrimas e mistérios insondáveis
de um lavrador dos amores não vividos. Os textos intitulados ou não “Devas”
imaterializam luz. Ousado e finge-dor, o autor exala em poemas distintos estilos de produção textual. Linhas livres cintilam inquietudes como fantasmas. Soam seus
versos sentidos diversos. Eus criativos louvam os elementos que lhes perfazem a energia que são e o corpo em que estão.Boa leitura, mera carne.Lampeje-se o espírito.
Rodrigo Mergulhão — revisor e escritor amigo