Ao acompanhar neste livro o itinerário inter-religioso de Henri le Saux e Raimon Panikkar (diálogo com o Hinduísmo), Louis Massignon (diálogo com o Islã), Thomas Merton (diálogo com o Budismo) e Simone Weil (a generosidade inter-religiosa), o leitor se colocará diante do desafio maior da abertura ao mundo do outro como condição necessária ao crescimento da própria identidade. É uma obra que sinaliza disposições que se revelam fundamentais no tempo atual: a atenção ao outro, o exercício de simpatia e hospitalidade inter-religiosa e o empenho de sintonia permanente com os desafios do tempo. Aberta a um público mais amplo, esta obra visa especialmente a estudantes de teologia e ciências da religião, além de agentes de pastoral e missionários, empenhados na renovação eclesial e na abertura dialogal das Igrejas cristãs. Destina-se ainda a outros segmentos universitários que estudam a abertura intercultural e temas relacionados à alteridade. Esta obra apresenta o itinerário de cinco buscadores que viveram intensamente a experiência da abertura inter-religiosa. São percursos situados na atmosfera cristã e vividos em profundidade na experiência da atenção, da hospitalidade e da simpatia para com as outras tradições religiosas, apostando positivamente em favor de uma compreensão mútua e de um recíproco enriquecimento. Sua peregrinação assumiu o risco de uma travessia novidadeira, marcada pelo encontro criador de uma experiência religiosa pontuada pela fecundação da alteridade. Não havia até agora no Brasil nenhum livro específico que abordasse essa questão da forma como é apresentada aqui. E semelhante reflexão ganha importância no momento atual, já que o diálogo inter-religioso emerge como um dos mais significativos desafios do novo milênio. Outro destaque do livro é abordar o tema centrando-se sobre experiências dialogais concretas e não sobre reflexões abstratas.